quinta-feira, 22 de outubro de 2009


Coragem, auto-controle, tranquilidade...continuando com as virtudes almejadas...


CORAGEM:

Faço coisas corajosas de vez em quando. Fiz uma faculdade que aparentemente não dá em nada contra a vontade da minha família porque é o que amo. Decidi ficar no Brasil sozinha sem família porque é onde me sinto mais feliz. Nunca desisti de trabalhar com arte por mais pobre que isso tenha me deixado. Não abortei você mesmo sabendo que teria que fazer tudo sozinha e que não ganhava dinheiro suficiente para te sustentar.

A verdade é que faço tudo morrendo de medo. No fundo, sei desde o começo onde quero chegar mas sempre me pergunto se estou tomando a melhor decisão...me perguntei se devia mesmo fazer teatro, se fazia sentido fazer por amor. Me crucifiquei por ficar no Brasil passando perrengue longe dos meus pais. Pensei que devia criar vergonha e ir trabalhar num shopping, mesmo não sendo capaz de vender nem a alma. Fiquei com medo de não estar fazendo o certo trazendo você para o mundo para ficar comigo. Achei que podia ser melhor te entregar para alguma família rica te adotar e te dar o luxo que eu não poderia. Na verdade falta coragem sempre!

O que acontece então, naquele momento de decisão, para fazermos aquilo que o coração diz, apesar de todos os motivos racionais contrariarem? Minha terapeuta dizia que eu sempre fui mais feliz quando eu decidia com meu coração, que minha razão me afastava tanto das pessoas quanto daquilo que amo. Será??? Acho tão bonito ser racional, pé no chão...inclusive parece ser uma caracerística muito importante para uma mãe.
Vou encontrar um equilíbrio. Vou me obrigar a achar uma forma de seguir aquilo que sinto, aquilo que minha intuição diz que é certo e aquilo que racionalmente faz sentido. Deus me ajude!
Amanhã vou trabalhar no abrigo, preciso aproveitar e dormir um pouco...nada de chegar à grandes conclusões. Talvez eu esteja decepcionando meus leitores. Te escrever estas cartas sempre me faz bem, é isso que importa. Sua mãe precisa lutar para manter a sanidade dela. Será que quando você chegar vou ficar mais louca? Pode ser que isso seja bom...
(jornalistas e perfeccionistas - desculpem meus erros ortográficos, morro de preguiça de corrigir)


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